segunda-feira, 7 de março de 2011

 Todos os meus fantasma estão solto, lembro-me quando ainda criança sentia muito medo de ficar só, entrava em pânico quando não percebia a presença dos meus pais, as mãos gelava a ponto que as unhas ficavam roxas, as pernas tremia que mal conseguia dar uma passo o sistema imunológico parecia não funcionar, tudo se repetia nas noites em que acordava e percebia que estava sozinho um grito e um choro soava como um alarme e logo meus pais estavam ali a minha frente, nada nesse mundo era tão encantador como o alívio de ser socorrido por aqueles em que eu colocava toda minha confiança. Ainda hoje e após anos perpetua em mim esse mesmo medo agora os sintomas são mais devastadores mais enfurecido, tão forte como um cavalo selvagem correndo desesperado, vem como a morte se arrastando em minha direção deixando para trás uma mancha de infelicidade tomando meu corpo pouco pouco, sinto dores e o medo de ficar só rasga meu peito, as vezes sinto que não vou aguentar.
Minha vida nunca foi um mar de rosa, porém ainda havia fé "Hoje sou um homem sem fé" nasci no dia 8 de Dezembro de 1980, mesmo dia e hora da morte do ex beatles John Lennon na mesma hora para ser mais explicito, quando John deu seu ultimo suspiro de vida eu dei o meu primeiro de vida, quando conto aos meus conhecidos esse fato dizem que eu sou uma reencarnação do John, uma sátira, só se o mesmo veio para uma vida contraria da que ele viveu, John tão conhecido e eu tão anônimo. John nasceu em Liverpool, Inglaterra quando foi assassinado estava morando em  em Manhattan, Nova York e eu nasci tipo assim ""Deus é um cara gozador adora brincadeira pos pra mim botar no mundo tinha o mundo inteiro, mas achou muito engraçado me botar cabreiro na barriga da miséria eu nasci brasileiro, eu sou do Rio Janeiro" assim resumiu Cássia Eller. Alguns fantasmas parecem nascer com nós, outros vamos adquirindo ao longo do tempo, creio eu que existem fantasma que são necessários outros que são como obstáculos nas nossas vida  sempre me dei bem com todos exceto com o fantasma da solidão, ficar só é o fim do mundo, me causa infestação é como uma entidades do mal que não podem lhe possuir, porém vivem te rodeando abusando do seu psicológico pouco a pouco vai te deixando louco, como dizer que não há fantasma se eles estão aqui eu os sinto. Existem até aqueles que se personificam tipo um antropoformismo, sim tem formas humanas, meu primeiro fantasma com forma humana era uma militar alemã com quase dois metros de altura usava uma farda  impecável tão bem passada que até parecia uma manequim ela era tão séria e a sua presença me fazia tiritar, a primeira vez que eu há vi morava no bairro de Santa Tereza uma casa muito humilde meus pais sempre trabalharam e mal podiam estar comigo na maioria das vezes ficava só enfrentando e criando meus próprios fantasmas. 
                                                      "Os fantasma da minha voz" 


lembro-me que um dia sonhei com flores, havia flores por todo lado eram tantas que não enxergava os meus pés, somente sentia que uma pequena corrente de agua corria na altura do meu calcanhar uma agua fria que relaxava, pensei eu que havia morrido e estava contente porque tudo era muito lindo, lindo que se realmente se  houvesse morrido estava feliz, caminhando mais há frente encontrei uma casinha sem graça mas com detalhes que chamavam a atenção, embora sem vida cultivava a curiosidade na porta dessa casa havia uma placa que dizia: " Não bata para entrar, apenas sorria" nem precisei força um sorriso ao ler a placa o sorriso é espontâneo, a porta abre e junto com ela uma leva brisa com cheiro de doce de abóbora lembrei-me da minha mãe e das tardes com a cozinha cheirando algum doce. A voz vinha lá do fundo onde ficava a cozinha e de onde vinha o cheiro de abóbora que ja estava me causando agua na boca, a voz era tão segura, confiante e repleta de carinho, chamava pelo meu nome o que me causou espanto como alguém nesse lugar onde nunca estive em uma casa onde nunca entrei pode -me parecer tão intimo, caminhei até a cozinha e la estava a voz na personagem de uma senhora com semblante de anjo, que com uma colher de madeira mexia o doce na panela:
                                  " Puxa a cadeira do canto e senta eu vou falar sobre a vida." 


Imediatamente puxei a cadeira e sentei-me, acho que por toda existência humana o homem procura saber sobre a vida  e eu estava ali diante de uma senhora que estava disposta á falar sobre, por mais que talvez ela não soubesse eu pensei, mais experiência de vida do que eu ela tem e isso no momento é de muita valia. Na verdade tudo o que eu estava procurando nesse momento da minha vida era alguém que houvesse passado pelo que eu estava passando e pudesse me dizer:


 "Tudo isso passa e um dia você voltara a sorrir sem seqüela sem cicatrizes e sem lembranças"


Ela virou as costa para mesa onde eu estava sentado e continuo mexendo o doce com uma colher de madeira                  
perguntou : porque não gosta de matemática? e antes que eu pudesse resolver ela disse: é tudo culpa da professora ela também nunca aprendeu , ufá pensei como ela sabe, ela continuo dizendo: tudo na vida é muito lindo pena que você só enxerga com os olhos, mas não é culpa sua foi assim que você aprendeu embora tarde percebi que procurou entender a vida como além do que simplesmente esta a frente dos seus olhos, mas e então o que achou da minha casa?       continuação>>>

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