sábado, 4 de maio de 2013

A Porta



A PORTA


Oi seu moço eu sou a porta e você deve estar perguntando-se como pode uma porta falar, mas são tantos sentimentos que aqui ficaram presos desde que a dona dessa casa se foi que sou obrigada a falar.
Sabe que há muito tempo ela se foi e por muito mais tempo ela ficou te esperando, essa casa tinha mais vida, mais flores, mas cores, mais sorrisos até que certo dia ela amanheceu triste e já cansada de lhe esperar resolveu partir a ultima lembrança que tenho é do perfume que por alguns instantes ficaram aqui.
Lembro que toda manhã ela acordava cantando e o sol brilhava e um facho de esperança realçava o seu sorriso, eu a porta sempre estive aberta pra você, e acreditava que você viria, não só eu a porta, como toda a casa torcíamos para que voltasse logo, mas você não veio.
Faz muito tempo que estou fechada e um vazio existe dentro mim, só restou a saudade, por onde andou, que falta fez para minha dona, que tristeza lhe causou, ai seu moço como pode demorar tanto.
Estou fechada, sem chave, vai corre seu moço, talvez ainda aja tempo, talvez não, mas vá, traga de volta a vida deste lar.
Vai seu moço. 

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